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Vandroya - "One" Review


Faz já um par de meses que algures na review de Hallow’s Gathering (Soulspell), aquando da descrição do lineup de vocalistas, se fez uma referência especial a Daisa Munhoz, devido à sua excelente prestação nesse grande disco. Para gáudio de quem também ficou com a pulga atrás da orelha com a vocalista, a mesma irá regressar em Janeiro de 2013 com os Vandroya, a sua banda original de power metal, que pese embora tenha começado em 2001, só agora lhes foi possível lançar o seu disco de estreia One.

As primeiras reações acabam por ser um misto de surpresa e decepção. Surpresa porque Daisa é de facto uma força da natureza, e o seu talento e carisma excedem quaisquer espectativas criadas com Soulspell, através um tom rockeiro próximo de Elisa C. Martin (Hamka) mas com uma profundidade bem mais incisiva do que a espanhola. Desilusão porque nota-se ainda alguma dificuldade para a banda se soltar das suas influências, isto para ser muito simpático.

É que One não trás qualquer tipo de novidade ao mundo do power metal melódico, por mais que a editora tente ressaltar uma suposta diversidade quase inexistente. Como se já não bastasse isso, algumas referências acabam por ser demasiado directas, desde solos made In Land Of The Free, ou linhas vocais que trazem à memória Tobias Sammet (o próprio nome da banda parece ser uma referência a uma personagem de Avantasia).

No entanto, não seria justo criticar One apenas por isso, porque se há coisa que estes brasileiros têm é vontade e muito talento. Há aqui chama, disso não se duvide, e criar logo no primeiro disco temas como The Last Free Land, When Heaven Decides to Call ou a belíssima power ballad Why Should We Say Goodbye, acreditem que não é para todos. 

Com todos estes atributos, não custa nada fechar os olhos só por uma vez às homenagens dos Vandroya aos seus ídolos, isto porque se prevêem coisas grandiosas quando finalmente encontrarem o seu som. Com uma vocalista destas e músicos competentes como são, seria um desperdício tal não acontecer. Cá estaremos para ver.

Nota: 8/10

Review por António Salazar Antunes